Nos últimos anos, o uso de milhas e pontos para emitir passagens aéreas se tornou uma estratégia cada vez mais popular entre os viajantes que buscam economizar e aproveitar melhores oportunidades. Com a variedade de programas de fidelidade disponíveis, acumular pontos virou parte do planejamento de muitas viagens.
No entanto, essa economia tão desejada pode facilmente se perder se o usuário não tomar alguns cuidados importantes. Erros comuns na emissão, falta de atenção às regras e escolhas precipitadas podem resultar em perda de milhas, pagamento de taxas extras ou até mesmo problemas no embarque.
Neste artigo, vamos alertar você sobre as 7 armadilhas mais frequentes ao emitir passagens com milhas e pontos em 2025 — e, o mais importante, como evitá-las para garantir que suas milhas se transformem em experiências de viagem incríveis, sem surpresas desagradáveis.
Armadilha 1: Emitir em cima da hora
Emitir passagens com milhas em cima da hora pode trazer vários desafios. A disponibilidade de voos para resgate com milhas costuma ser muito menor, o que limita suas opções e pode forçar escolhas em rotas menos convenientes ou com horários desfavoráveis. Além disso, as tarifas em milhas geralmente ficam mais altas à medida que a data do voo se aproxima, elevando o custo da emissão.
No entanto, mesmo nessas situações, vale a pena buscar companhias aéreas parceiras que trabalham com tabelas fixas de milhas. Nessas aéreas, você pode encontrar oportunidades excelentes, mesmo em última hora, já que o valor do resgate não varia conforme a demanda.
Dica: para evitar dores de cabeça, planeje sua emissão com antecedência sempre que possível e use ferramentas para monitorar datas e disponibilidade. Assim, você aumenta as chances de garantir um resgate eficiente, com mais opções e melhor custo-benefício.
Armadilha 2: Ignorar as taxas e encargos adicionais
Muitas vezes, as passagens emitidas com milhas parecem “gratuitas” à primeira vista, mas escondem taxas e encargos que podem acabar pesando no bolso. Taxas de embarque, impostos aeroportuários, encargos administrativos e até tarifas de combustível podem transformar uma emissão aparentemente barata em um gasto considerável.
Além disso, existe uma grande diferença entre tarifas promocionais e regulares. Passagens promocionais geralmente oferecem milhas mais baratas, mas podem cobrar taxas extras elevadas ou ter regras mais rígidas para alterações e cancelamentos. Já as tarifas regulares costumam ser mais transparentes, mas nem sempre as melhores para quem busca economia.
Dica: antes de finalizar a emissão, simule o processo até o valor final, incluindo todas as taxas e encargos. Só assim você terá uma visão clara do custo total da viagem e evitará surpresas desagradáveis depois da compra.
Armadilha 3: Não conferir os dados do passageiro
Erros simples como nomes digitados incorretamente, CPF errado ou datas de viagem equivocadas podem causar grandes problemas na hora do embarque. Muitas companhias aéreas são rigorosas na conferência desses dados e qualquer divergência pode impedir o embarque, gerando transtornos e até prejuízos financeiros.
Além disso, corrigir esses erros depois da emissão pode ser complicado e caro. Alterações no bilhete frequentemente envolvem taxas que variam conforme a política do programa de milhas ou da companhia aérea, e em alguns casos, pode haver até a perda total dos pontos utilizados.
Dica: faça uma revisão minuciosa de todas as informações — nome completo, documento de identificação, datas e destinos — antes de confirmar a emissão da passagem. Essa atenção aos detalhes evita dores de cabeça e garante que sua viagem saia conforme planejado.
Armadilha 4: Optar por voos com muitas conexões
Escolher voos com várias conexões pode parecer uma boa alternativa para usar suas milhas, mas essa decisão pode trazer mais prejuízos do que benefícios. Além do desgaste físico causado pelo excesso de deslocamentos e esperas, o tempo total da viagem aumenta consideravelmente, tornando a experiência cansativa e menos prazerosa.
Do ponto de vista ambiental, voos com múltiplas conexões geram uma pegada de carbono maior devido ao maior consumo de combustível em decolagens e pousos. Além disso, algumas conexões podem acarretar em taxas extras ou até reduzir o valor do resgate das suas milhas, impactando negativamente sua economia.
Dica: sempre que possível, prefira voos diretos ou com escalas inteligentes — aquelas que proporcionam conexões rápidas e eficientes, em aeroportos com boa infraestrutura. Essa escolha traz mais conforto, reduz o impacto ambiental e otimiza o uso das suas milhas.
Armadilha 5: Usar milhas em passagens de baixo custo
Muitas pessoas acreditam que resgatar passagens em companhias aéreas de baixo custo usando milhas é sempre a melhor opção, especialmente quando o número de milhas exigido parece baixo. No entanto, isso nem sempre traz o melhor custo-benefício. Em muitos casos, o valor cobrado em taxas e encargos pode ser alto, fazendo com que a economia real seja menor do que o esperado.
Além disso, é fundamental comparar o custo da passagem paga em dinheiro com o valor equivalente das milhas que você usaria para o resgate. Muitas vezes, comprar o bilhete diretamente pode sair mais barato do que gastar suas milhas.
Dica: antes de emitir, calcule o valor do seu milheiro — ou seja, quanto cada 1.000 milhas vale em reais (R$) ou o centavo por ponto (CPP), no caso dos programas americanos. Se o resgate não superar o valor mínimo de mercado que você estipular, é melhor guardar suas milhas para oportunidades com maior retorno.
Armadilha 6: Não verificar as regras de cancelamento e alteração
Um dos erros mais comuns ao emitir passagens com milhas é não conferir detalhadamente as regras de cancelamento e alteração antes de finalizar a emissão. Muitos bilhetes resgatados têm políticas restritivas, que podem impedir o reembolso das milhas ou gerar taxas altas em caso de mudança de data, voo ou passageiro.
Se você precisar cancelar ou alterar a passagem fora do prazo estipulado pelo programa de fidelidade ou pela companhia aérea, corre o risco de perder suas milhas e ainda pagar taxas extras. Isso pode transformar uma economia inicial em um gasto inesperado e considerável.
Dica: sempre leia com atenção as condições de uso do bilhete, principalmente em relação a prazos para cancelamento gratuito, possibilidade de reembolso e valores de taxas para alterações. Conhecer essas regras antes de confirmar a emissão ajuda a evitar surpresas desagradáveis e a planejar com mais segurança suas viagens com milhas.
Armadilha 7: Concentrar todas as milhas em um só programa
Concentrar todas as suas milhas e pontos em apenas um programa pode limitar bastante suas opções de resgate e a flexibilidade para escolher destinos. Cada programa tem parcerias diferentes, regras próprias e prazos de validade variados, o que pode resultar na perda de milhas se não forem usadas a tempo, especialmente em programas menos ativos ou com validade mais curta.
Uma estratégia inteligente é diversificar o acúmulo, distribuindo pontos entre diferentes programas para ampliar suas possibilidades. Eu, pessoalmente, prefiro manter meus pontos nos programas de bancos parceiros, pois assim posso transferi-los para a companhia aérea parceira no momento mais vantajoso, aproveitando promoções e maximizando o valor do resgate.
Dica: diversifique seus programas, mas mantenha o controle rigoroso da validade dos pontos para evitar perdas. Use a flexibilidade dos programas de bancos para fazer transferências estratégicas quando surgir a melhor oportunidade de emissão.
Conclusão
Planejar com cuidado e prestar atenção aos detalhes faz toda a diferença na hora de emitir passagens com milhas e pontos. Embora o uso dessas vantagens possa trazer uma grande economia e tornar suas viagens mais acessíveis, é fundamental estar atento às armadilhas comuns que podem gerar perdas ou custos extras desnecessários.
Evitar esses erros simples garante que você aproveite ao máximo o potencial das suas milhas, transformando cada resgate em uma experiência realmente vantajosa.
Evite prejuízos e aproveite ao máximo suas milhas em 2025! Comece a planejar suas próximas viagens com estratégia e segurança para colher os melhores resultados.
